Segue o texto que inspirou o nome deste grupo e que servirá de referência para a nossa primeira reunião (28.09.2016).
B R A S I L F E N Í C I O
Hernani M. Portella
A nomeada dos Fenícios como intrépidos navegadores é um dos axiomas da história antiga. Eles empreenderam longas viagens no interesse de seu comércio, nos diz Diodoro de Sicília; estabeleceram numerosas colônias na Europa, na África e não temeram mesmo transpor as colunas de Hércules e navegaram sobre o grande Oceano.
Não é, pois, de
admirar que estas frotas abordassem as Índias e as praias da
América. Conheceram então as ilhas da América Central, as Antilhas, quer
dizer, “Atlantilhas” (as pequenas Atlântidas).
Mil anos antes
de Cristo, essas ilhas eram ainda maiores, e no lugar onde hoje está o mar
Caríbico, havia ainda um grande pedaço de terra firme, chamada “Caraíba” (isto
é, Terra dos Carás ou Caris). Nessa Caraíba e nas ilhas em redor viviam naquela
época as sete tribos da nação tupi, que foram refugiados da desmoronada
Atlântida.
Chamaram-se Caris,
e eram ligados aos Povos Cários, do mar Mediterrâneo.
Os sacerdotes
deram-lhe o nome “tupi” que significa filho de Tupã.
O país Caraíba,
porém, teve a mesma sorte que a Atlântida. Todos os anos desligava-se em
pedaços, até que desapareceu inteiramente, afundando no mar. Os Tupis
salvaram-se em pequenos botes, rumando para o continente, onde está hoje a
República da Venezuela. O nome da capital CARACAS prende-se a esta origem.
Os fenícios
tiveram conhecimento dessa região e resolveram levar os Tupis em seus navios
para o norte do Brasil. Quando chegaram os primeiros padres contaram-lhes os
piagas (pajés) aqueles acontecimentos do passado. Disseram que a metade da
população das ilhas, ameaçadas pelo mar, retirou-se em pequenos navios para a
Venezuela, mas que morreram aos milhares, na travessia. A outra metade foi
levada em grandes navios para o sul, onde encontraram terras novas e firmes.
Varnhagen,
Visconde de Porto Seguro, confirma, na sua “História Brasileira”, que essa
tradição, a respeito da integração dos Caris (Tupis de Caraíba), para o norte
do continente sul-americano, vive ainda entre o povo indígena da Venezuela.
O padre Antonio
Vieira, o grande apóstolo dos indígenas brasileiros, assevera em diversos
pontos de seus livros, que os Tupis-Nambás, como os Tabajaras, contaram-lhe que
os povos Tupis imigraram para o norte do Brasil, pelo mar, vindos de um país
que não existia mais.
Os Tabajaras
diziam-se o povo mais antigo do Brasil. E explica, o erudito historiador
Schwennhagen, qual o fim desejado pelos Fenícios com a imigração dos Tupis para
o Brasil. Um povo auxiliador para sua grande empresa; um povo inteiro que assim
identificou os seus interesses nacionais com os interesses da pátria.
Os outros que
chegaram do Mediterrâneo, permaneceram sempre estrangeiros; ficaram em relação
com a sua antiga pátria e pensavam voltar para a mesma, logo fosse possível.
Os Tupis não
podiam voltar; sua pátria fora vítima da fúria do mar. Procuravam uma nova
pátria, uma Terra da Promissão, destinada para eles por Tupã, como disseram
seus sacerdotes.
Os Fenícios
tinham simpatia pelos Tupis, que eram da mesma estirpe dos povos Cários;
entenderam sua língua geral “do bom andamento”; eram brancos, um pouco
amarelados, como todos os povos do sul da Europa e da Ásia Menor, e tinham uma
religião com sacerdotes, semelhante à organização religiosa dos Fenícios.
Além disso, eram
agricultores e tinham um caráter guerreiro. Um tal povo, transferido para o
continente brasileiro e nele domiciliado com o auxílio dos Fenícios poderia
tornar-se um bom aliado desses.
Os antigos
historiadores citam diversos outros exemplos de imigração de povos, com o
auxílio e os navios dos Fenícios. Isso foi um dos meios eficazes de que se
serviam para assegurar as suas espalhadas colônias.
Colocada a
fundação de Cartago no espaço de 850 a 840 antes de Cristo e a colônia fenícia
de Byrsa em 1240 antes de Cristo, verificamos que esta ficou bem fortificada
para poder servir como um ponto estratégico da estrada marítima que liga a
Bacia Oriental do Mar Mediterrâneo à sua Bacia Ocidental.
Nesse sentido
ganhou a pequena cidade de Byrsa uma certa importância no movimento marítimo.
No ano 800 antes
de Cristo deu-se uma tragédia na família real de Tyro, mas não conhecemos
exatamente nem os fatos nem os nomes dos implicados, diz textualmente o ilustre
historiador, Schwennagen.
O grande
Champollion brasileiro que teve o nome de Bernardo Silva Ramos, como o mais
estudioso da pré-história brasileira, decifrou, na Pedra da Gávea, “naquelas
simples ranhuras do tempo” o seguinte: “TYRO FENICIA BADEZIR YETBAAL”. E o
leitor inteligente, que conhece as inscrições da Pedra da Gávea, isto é, TYRO
FENÍCIA YETBAAL PRIMOGÊNITO DE BADEZIR, conforme interpretou o Dirigente da
Sociedade Teosófica Brasileira (EUBIOSE), professor Henrique José de Souza, com
justa razão pensará que a mesma se acha estreitamente ligada com tudo quanto
acabamos de transcrever, da valiosa obra do eminente historiador e filósofo
Ludovico Scwennhagen.
Em 1839, no
reinado de D. João VI, visando a obtenção da tradução de inscrições rupestres
existentes na Pedra da Gávea, foi nela efetuada uma exploração por mestre frei
Custódio Alves Serrão, padre da Ordem do Carmo, e formado em Teologia na
Universidade de Coimbra.
Mestre frei
Custódio, após visto e compilado as inscrições gravadas na Pedra da Gávea,
afora estar carcomida pelo tempo, classificou-a possivelmente como fenícia, em
sua memória e estudo, organizado após acuradas investigações ali realizadas.
Esta memória que
a crônica antiga registrou, foi entregue à Secretaria do Estado, no Reinado de
d. João VI. Desapareceu lamentavelmente, no meio das “papeladas oficiais”.
Diz Schwennhagen
em suas obras que a Restinga de Marambaia é uma obra ciclópica dos Fenícios,
contando com mais de 16 quilômetros de comprimento, constituindo uma grande
paliçada formada por uma linha de pedras, tentando ligar a península de
Guaratiba com a linha do Pico.
O objetivo dos
Fenícios com a restinga era a formação de um enorme viveiro de conchas
margaritíferas.
Todos estes
depoimentos são para que o leitor não tenha dúvidas quanto à estada dos
Fenícios no Brasil. Mas aquele fato citado por Schwennhagen que no ano 800
antes de Cristo deu-se uma tragédia na família real de Tyro, dele não
conhecemos exatamente nem os fatos nem os nomes dos implicados.
Quanto a esta
parte transcrevemos o artigo do Dirigente da Sociedade Teosófica Brasileira (EUBIOSE),
o prof. Henrique José de Souza e que já foi publicado em numero anterior desta
revista e que diz: “Tyro era a capital da Fenícia. Nela estava firmada a Corte
do rei Badezir, então viúvo. Do seu consórcio nasceram oito filhos. O
primogênito, como bem decifrou Bernardo Ramos, chamava-se YETBAAL (o deus
branco).
Os outros sete
irmãos o odiavam por ter sido aquele a quem Badezir mais amava seja pelos seus
dotes espirituais, seja pela sua alta inteligência, por isso mesmo o seu melhor
conselheiro. Os próprios sacerdotes o respeitavam e muito o queriam.
Entretanto, já
de certo tempo, se tramava na corte a expulsão do Imperador (pai) e de seus
dois filhos, pois que o primogênito não era mais do que uma parelha de seres
irmãos gêmeos.
Finalmente, eis
que chega o momento da expulsão que, diga-se de passagem, não foi levada a
efeito pelo sangue de irmãos, nem pelo próprio povo que antipatizava com os
sete filhos de Badezir, amando e respeitando os dois primeiros, assim como ao
próprio Imperador, pela sua virtude e obediência às coisas divinas.
Com essa
revolta, insuflada por alguns elementos das castas militar e religiosa, o País
passou de Império a República. A flotilha que foi armada para trazer o rei, os
príncipes, escravos, sacerdotes e alguns elementos do povo que ficaram fiéis
aos mesmos, era composta de SEIS NAVIOS; no primeiro vinham Badezir, os dois
filhos, oito sacerdotes, cujo primeiro ou oitavo, como Sumo Sacerdote, tinham o
nome Baal-Zin (o deus da Luz ou do Fogo), dois escravos núbios fiéis aos seus
dois senhores, e a marinhagem, acompanhada de soldados que deveriam voltar
depois ao antigo Império fenício... Nos outros navios, além de gente do povo,
vinham mais 49 militares, também expulsos do País, por terem ficado ao lado do
rei Badezir e seus dois filhos mais velhos... E mais 222 que, a bem dizer,
era a elite do povo fenício.
E assim, vieram
em demanda às novas plagas, cujo nome BRASIL não se origina da cor de brasa da
madeira que tem esse nome (pau brasil) e, sim, do nome do Rei fenício BADEZIR
(Basil ou Brasil).
Vieram esses
novos habitantes por força de Lei preparar o Brasil-Fenício para o
Brasil-Íbero-Ameríndio, descoberto por Cabral, secundando por
Colombo. Duas cortes ficaram então constituídas: a temporal, pelo rei
Badezir, pelos sacerdotes, etc. etc., e que ocupavam toda a região que vem do
Amazonas até Salvador (Bahia).
E desta região
até onde é hoje o Rio Grande do Sul, ficava a corte espiritual, dirigida por
YETBAAL, na sua forma dual, acompanhado pelos dois escravos núbios, pelos 222
elementos da elite fenícia... e algumas outras pessoas que não vem ao caso
apontar.
As forças de involução, que incessantemente preparam ciladas para obstaculizar a marcha heróica da mônada e o triunfo da Lei e as realizações da evolução, interferiram e os divinos irmãos foram sacrificados.
Quem se der ao
prazer de ler a magnífica obra “Aquém da Atlântida”, do ilustre acadêmico
patrício, Dr. Gustavo Barroso, encontrará uma passagem muito interessante que
fala numa “ilha Brasil”, em cuja entrada da barra havia uma certa Mano Satanias
que fazia soçobrar as embarcações que ousassem atravessar a barra.
Tal passagem
possui maior amplitude interpretativa quando se souber que dentro da PEDRA DA
GÁVEA, além de duas múmias colocadas uma junto à outra sobre uma mesa de pedra,
nos pés também se acham duas outras dos dois escravos núbios aos quais nos
referimos anteriormente, sendo que na cabeceira se encontram dois jarrões contendo
flores em parafina, etc.
E dos lados, em
dois vasos canópicos, como outrora nos túmulos faraônicos do velho Egito, os
manes das duas referidas múmias... E mais adiante, depois de uma rampa que vai
dar ao mar, pela parte traseira da mesma pedra – como esfinge fenícia a que é –
uma barquinha de teto esmaltado de azul, movida por uma roda que ia ter à pequena
hélice, na popa, sendo acionada pelo referido escravo núbio. Pelo que se vê, o
“casal”, cujas múmias se acham sobre as duas mesas de pedra, outras não são
senão “a parelha primogênita de Badezir”, do mesmo modo que o escravo (pois a
escrava morrei alguns anos depois) que movia a barquinha, e que soçobraram na
baia que hoje tem o nome de Guanabara, cujo trabalho seria a tessitura da
outrora chamada NISH-TAO-RAM (Nictheroy ou o Caminho Iluminado pelo Sol) com o
Rio de Janeiro de hoje, como se dissesse que preparavam o alicerce da mais
excelsa obra que deveria tomar forma na referida região.
Quando Badezir
veio a saber da morte de seus dois filhos, correu pressuroso, em companhia do
Sumo Sacerdote Baal-Zin e de um mago (médico e mumificador), chegando, infelizmente,
muitos dias depois.O choque moral e sua própria idade, concorreram para que ele
durasse pouco tempo. Mas, antes de morrer, pediu ao supracitado sacerdote que,
“logo isso acontecesse, mumificasse o seu corpo, deixando-o ao lado dos dois
filhos durante sete anos, findo os quais, deveria ser transportado para certa
região do Amazonas”, onde até hoje se acha, num pequeno santuário oculto nas
referidas selvas.
Os Tamoios chamavam a “Pedra da Gávea” de METACARANGA, fazendo referência à “cabeça coroada”. A inscrição da “Pedra da Gávea” é uma das muito e enigmáticas inscrições rupestres – litogrifos em linguagem erudita ou itacotiara, em língua indígena, e a própria pedra sugere uma esfinge fenícia, com corpo de bovino, asas que se levantam dos flancos e cabeça de um homem barbado com um barrete alto e que é ao mesmo tempo um TEMPLO e um TÚMULO.
O templo foi
dedicado a Badezir e o túmulo a seus filhos gêmeos YETBAAL.
Terminou a
tragédia e a tentativa milenar da implantação de um reino divino em nossas terras.
Para então
começar uma nova era, Brasil, berço do Avatara!



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